Debrinha na Alemanha

Tuesday, July 28, 2009

Debrinha na Alemanha

http://twitter.com/home

Queridos leitores

Entrei no twitter! Cansada de só ouvir falar, resolví entrar e ver o que é e como funciona. Como muitos de vocês já devem estar sabendo, basta entrar e digitar uma mensagem com menos de 170 caracteres. O problema é que isso acaba servindo para redirecionar seus leitores do twitter a links como este. Um espaço em que pode-se discutir alguma coisa mais profundamente.
Assim, este blog passará por algumas alterações. Conteúdos de desabafo e experiências ruins foram deletados. Experiências com burocracia na Alemanha foram deixados, devido à sua utilidade pública! rs.
Prometo escrever mais, mas deixarei as coisas técnicas para um futuro blog no sistema da USP: stoa.usp.br
Meu perfil pode ser acessado pelo nome @deboramitter
Quem quiser convite para o twitter basta deixar um comentário.

Saturday, January 12, 2008

So long and thanks for all the fishes

O Guia do mochileiro das galáxias é uma triologia de um gênio em ficção científica, humor inglês e sociologia: Douglas Adams usa da ficção científica para fazer piada das burrices típicas da humanidade, como a burocracia, a democracia, das religiões, do marketing e da ciência mesma. Somente lendo um de seus livros para ter certeza que estamos falando mesmo de um gênio. O primeiro livro foi filmado, porém seria injustiça dizer que só assistir ao filme basta... É necessário ler.
Os fãs do mundo todo fazem uma homenagem ao autor, que faleceu dia 11 de maio, usando uma toalha no pescoço no dia 25 de maio. E existem fotos de reunião de fãs e tudo o mais. Para eles, é bom avisar:
"
Você está viciado no Guia se...
(fonte: http://madmaxandrade.blogspot.com)...
não sai de casa sem sua toalha....
recomenda a todos em seu caminho que não entrem em pânico....
para qualquer pergunta que lhe façam, sua resposta é “42”....
aguarda a hora de ser ofendido por Wowbagger, o Infinitamente Longevo....
as exclamações que você mais usa são “Por Zarquon!”, “Pelo Grande Lenço Branco!” e “Bélgica!”...
quando alguém te diz “é a vida”, sua resposta é “não me fale sobre a vida”....
colocou um tapete dizendo “Entre fora” na porta de sua casa....
tem uma admiração secreta pelos golfinhos e pelos ratos....
procura instruções em caixas de palitos de dentes – e respira aliviado quando não as encontra....
não mata moscas por medo do que elas possam lhe fazer numa futura reencarnação....
antes de votar, checa se há a mínima chance do candidato escolhido ter duas cabeças....
já usou pelo menos uma vez a cantada “Quer vir conversar comigo? Eu sou de outro planeta”....
pede uma Dinamite Pangaláctica ao barman....
costuma apontar para o céu com o polegar....
está juntando dinheiro para encomendar seu próprio planeta sob medida aos engenheiros de Magrathea e/ou pagar um jantar no Milliways....
fica frustrado quando está sozinho no elevador e o elevador não puxa assunto....
quando alguém diz que algo é impossível, você responde que simplesmente é infinitamente improvável....
quando alguém reclama de algo que você fez, você põe a culpa na sua versão de uma Terra alternativa, que veio parar aqui depois de se perder na Mistureba Generalizada de Todas as Coisas

Saturday, August 18, 2007

Paris, je t'aime

Paris, je t'aime é um filme composto de curta-metragens que tratam de amor. Porém foge do lugar-comum de "Paris, lugar para se viver um romance, cidade para luas-de-mel"...
Os amores dos quais os curtas falam são desde amores maternos (curta em que uma mulher perde seu filho e o procura em delírios noturnos pela cidade, outro da babá hispânica que deixa seu filho num berçário) até amor pela cidade, vindo de uma turista, passando pelo chavão: casal de turistas de meia-idade que querem reavivar o romance, e casal de turistas em lua-de-mel.
A cidade, em excessão do curta que indico neste post, não exerce um papel tão especial na vida dessas pessoas, que não pudesse ser vivido em outros ambientes. Afinal Paris não é tão bonita e romântica como se pinta: o metrô é sujo e cheira a urina, as ruas não são muito mais limpas que as de São Paulo, não existe um cara tocando acordeão em toda esquina... Como trilha sonora, a única que ouvi foi um cara tocando Bob Marlei no violão à noite às margens do Sena.
O curta metragem que gostaria de indicar, que é o meu favorito fala do turista sozinho... Peço paciência para acompanhar até o fim o monólogo... No caso a personagem é uma senhora de seus 50 anos que nunca se apaixonou na vida, exceto na ocasião do curta-metragem...
14'eme Arroundiment
http://www.youtube.com/watch?v=O6KUZjaF5pI

Viagens sozinhas são boas quando você não está cansado da solidão... De fato eu tenho medo de ter que viajar sozinha a turismo como essa personagem...
Em alguns momentos da vida eu penso que encontramos um entroncamento, onde temos que decidir para que lado vamos. E que depois de escolhido o caminho, a mudança só pode ser feita depois de muita estrada de terra, que podem danificar o carro e te impedir de chegar na outra estrada. E muitas vezes essas decisões são tomadas em situações mais sutis que o momento em que você preenche a ficha de inscrição do vestibular, ou do processo seletivo... São situações em que você não consegue reconhecer que está decidindo, ou o que de fato está decidindo. Além disso, só enchergamos alguns metros do caminho quando optamos, ele pode ser completamente diferente depois: é como assinar um contrato de aluguel de uma kitnet sem perceber que você está optando por uma vida mais sozinha, e em que você vai ter de economizar mais, e deixar de viajar para ver o namorado que mora longe, é quando você é admitido num emprego que te impede de viajar, é quando você começa a trabalhar no período da noite e não consegue mais ver a namorada que estuda de dia, é quando você escolhe fazer grupo de trabalho e começa a se aproximar de alguém, é quando você aceita uma carona e passa a ser amiga de um colega... De uma certa forma, o que vai decidir de verdade não é a nossa consciência, mas quem somos, e a nossa tendência na ocasião da escolha (se eu acumulei muita DP, se surgir a oportunidade de fazer intercâmbio, eu não vou poder ir, pois terminar a faculdade é mais importante, idem se eu tiver medo do novo) juntamente com a sorte, é claro...
Muitas pessoas dizem que o amor vence tudo, mas o fato é que até que o AMOR de fato seja construído, é necessário uma boa dose de estabilidade, confiança, interesse e dedicação, sem isso é impossível que a construção do amor seja um processo espontâneo. Até que este seja construído, qualquer tipo de amarra para o relacionamento é externa ao sentimento em si: é pressão familiar ou moral, é o medo de ficar só, é a carência afetiva, é o interesse material...
Turismo é muito mais que um produto, um servico, ou lazer... É uma experiência de vida, é uma chance de pensar na vida, ou esquecer-se dela, de ter uma epifania. São essas experiências que nos constróem, que nos mudam, e nos permitem tomar grandes decisões em nossas vidas. Não somos os mesmos ao voltarmos de uma viagem, e é impossível repetir as oportunidades que tivemos, e os relacionamentos, como quem os tira de gavetas: quando você abre a gaveta, você nunca encontra o mesmo que colocou, assim como você já não é o mesmo depois de ter aberto outras gavetas. É como aquele ditado que diz, que você nunca atravessa duas vezes o mesmo rio: tanto você como o rio são outros a cada vez.




Recentemente assisti a um filme chamado "Paris, eu te amo" muito in

Friday, August 17, 2007

Necessidades Humanas e Espiritualidade

Estava lendo um texto interessante sobre as necessidades do homem, e estou tentando resumir as idéias do mesmo (os negritos são meus):

"Mestres das mais diferentes tradições do Oriente e do Ocidente (...) convergem mais ou menos na identificação das seguintes cinco necessidades fundamentais do ser humano:

Temos necessidades fisiológicas: precisamos comer, beber e nos vestir. (...)A grande maioria da sociedade as satisfaz de forma precária.
Temos além disso, necessidade de segurança:podemos adoecer e sucumbir a riscos (...)", que vão desde externos e naturais como do próprio ser humano. Todos temos natureza competitiva ou cooperativa.
"(...) Temos em terceiro lugar a necessidade de pertença: somos seres societários. Não estamos largados no mundo. Pertencemos a uma família, a um determinado lugar, a um país, ao planeta Terra. O que torna penoso o sofrimento é a solidão, é não poder contar com o ombro amigo e a mão acolhedora. Como nascemos sob cuidado da mãe que nos segurou no braço, queremos morrer segurando a mão de quem está próximo de nós e nos ama.(...) Ser resumido à solidão é ser condenado ao inferno existencial (...)
Em quarto lugar, temos necessidade de auto-estima. Não basta existirmos. Precisamos que nossa existência seja acolhida, que alguém por atos e palavras diga 'seja bem-vindo ao nosso meio, você é importante para nós'. A angústia maior não está ligada ao medo da doença, mas ao medo da rejeição, pelo grupo. A rejeição nos nega, e nos faz ter, ainda vivos, uma experiência de morte. Precisamos, pois, ser reconhecidos como pesoas nas nossas diferenças e singularidades (...)
Por fim temos necessidade de auto-realização O grande desafio do ser humano é poder realizar-se, é tornar-se humano. O que é humano do ser-humano? Não sabemos exatamente, pois é extremamente complexa a existência humana. (...)
Nós nos descobrimos como seres de abertura ao aoutro, ao mundo e ao Todo. Nunca é demais repetir: somos seres de desejo ilimitado. Por mais que busquemos o objeto que sacie nosso desejo, não o encontramos entre os que estão à nossa volta. Desejamos o Ser essencial e topamos apenas com entes passageiros. Como então conseguimos nossa auto-realização se nos percebemos como um projeto infinito?
É nesse afã que emerge na nossa experiência a realidade de Deus, Aquele que é, o Ser essencial, a Fonte Originária de todos os entes e de toda a vida. Só Ele apresenta as características do infinito, adequadas ao nosso projeto infinito. Auto-realizar-se implica envolver-se com Deus. Envolver-se com Deus é despertar a espiritualidade em nós, aquela capacidade de sentir Deus em cada realidade, em cada circunstância (...) Espiritualidade é a ânsia de sentir a fome e a sede de um derradeiro Sentido, é a ânsia do último aconchego onde podemos repousar, onde morrem nossos medos e descansa nossa esperança.
Enquanto não elaboramos esse centro de profundidade de nosso ser, nos sentimos sempre na pré-história de nós mesmos, seres inteiros mas inacabados, e no termo, frustrados.
Ao entrarmos em comunhão com Deus pela oração, pela meditação, pela entrega silenciosa e incondicional, abrimos um manancial de energias incomparável e insubstituível. O efeito é a pura alegria, a leveza da vida, a bem-aventurança possível aos peregrinos." (adaptado de Leonardo Boff, "O Senhor é meu Pastor, p. 75, Editora Sextante")

Sunday, May 27, 2007

Mais uma música em alemão interessante

Os brasileiros quando vão para a Alemanha costumam se decepcionar com os foras que eles tomam nas festas. E o pior é que às vezes a pessoa pensa: poxa, eu devo ser muito feio... Se decepcionam, e tals. O fato é que a cultura é outra, e esse "ficar" a que o povo está acostumado é menos freqüente... Normalmente, chamar alguém para tomar um café ou uma cerveja com alguém do sexo oposto no bar, mesmo que seja depois da aula pode ser considerado uma paquera... Para brincar com essa diferença cultural uma banda chamada "Wir sind Helden" (nós somos Heróis), compôs uma letra falando de uma tal de Aurélia que estranha quando chega na Alemanha e ninguém "chega" nela.
http://www.youtube.com/watch?v=PZV7u-kGDYM&mode=related&search=

"Aurelie
Aurélies Akzent ist ohne Frage sehr charmant
O sotaque de Aurélia é sem dúvida charmoso
Auch wenn sie schweigt wird sie als wunderbar erkannt
mesmo quando se cala ela é reconhecida maravilhosa
Sie brauch mit Reizen nicht zu geizen
Ela não precisa ser avarenta com atrativos
Denn ihr Haar ist Meer und Weizen
Pois o seu cabelo é mar e trigo
Noch mit Glatze fräß ihr jeder aus der Hand
Até careca ela tem todos nas mãos
Doch Aurélie kapiert das nie
No entanto ela não entende nunca
Jeden Abend fragt sie sich
Toda a noite ela se pergunta
Wann nur verliebt sich wer in mich
quando alguém vai se apaixonar por mim

Aurélie so klappt das nie
Aurélie, assim não vai dar certo nunca
Du erwartest viel zu viel
Você está com expectativa demais
Die Deutschen flirten sehr subtil
Os Alemães flertam muito sutilmente

Aurélie die Männer mögen dich hier sehr
Aurelie, os homens aqui gostam bastante de você
Schau auf der Straße schaut dir jeder hinterher
Olhe pelas ruas olham todos em sua direção
Doch du merkst nichts weil sie nicht pfeiffen
Mas vc não percebe nada porque eles não assobiam
Und pfeiffst du selbst die Flucht ergreifen
E dá sinais de pôr-se em fuga
Du musst wissen hier ist weniger oft mehr
Você precisa saber que aqui pouco é muitas vezes mais
Ach Aurelie in Deutschland braucht die Liebe Zeit
Ah, Aurélia, aqui na Alemanha o amor precisa de tempo
Hier ist man nach Tagen erst zum ersten Schritt bereit
Aqui somente após dias está-se preparado para o primeiro passo
Die nächsten Wochen wird gesprochen
É conversado nas semanas seguintes
Sich auf's Gründlichste berochen

Und erst dann trifft man sich irgendwo zu zweit
E somente então encontra-se em algum lugar em par

Aurélie so klappt das nie
Du erwartest viel zu viel
Die Deutschen flirten sehr subtil

Aurelie so einfach ist das eben nicht
Aurelie, tão fácil não é
Hier haben andre Worte ein ganz anderes Gewicht
Aqui as palavras têm outros pesos
All die Jungs zu deinen Füßen wolln sie küssen auch die Süssen
Todos os rapazes aos seus pés querem te beijar, mesmo os mais doces,
Aber du merkst das nicht
Mas você não percebe
Weil er dabei von Fussball spricht
Porque eles estão falando de futebol
Ach Aurelie du sagst ich solle dir erklärn
Ah, Aurelie você diz que eu deveria te esclarecer
Wie in aller Welt sich die Deutschen dann vermehren
Como em todo o mundo os almeães se reproduzem
Wenn die Blumen und die Bienen in Berlin nichts tun als grienen
Quando as flores e as abelhas em Berlim nada fazem além de se olhar
Und sich nen Teufel um die Bestäubungsfrage schern
E um diabo fica perguntando sobre a polinização

Aurélie so klappt das nie
Du erwartest viel zu viel
Die Deutschen flirten sehr subtil
"
Na primeira festa que eu vou tenho que escapar de uma morsa, sendo que na Alemanha, durante um ano, o máximo que fizeram foi me convidar para um café! Isso porque lá eu era mais olhada na rua do que aqui. Simplesmente porque os morenos são raridade lá, enquanto aqui os loiros são raridade. Tanto que nos outdoors, muitas vezes as modelos eram morenas...

Saturday, May 19, 2007

Post interessante numa comunidade no orkut

Numa das comunidades onde estou no orkut alguém perguntou:
"Se os homens sao todos iguais, porque as mulheres escolhem tanto?"

Eis a resposta inspirada de uma tal de Katia:
"Elas têm esperanca de que irao encontrar a excecao, aquele que é único que vai amá-la sobre todas as coisas, nao vai dizer "eu te amo "em vao", vai guardar domingos e dias de festas e futebol para ficar com ela, que nao vai cobicar nem roubar a mulher dos outros, nao vai mentir nem levantar falso testemunho, nao vai matar sua confianca, nunca cometerá adultério.Mas se ele nao for tudo isso, elas ainda têm esperanca que elas conseguem mudá-los. Aí reclama, porque qdo consegue perde a graca. E quando nao muda, reclama, pq nao muda."

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=61684&tid=2532843912834744136&na=2&nst=46

Tuesday, May 01, 2007

A Volta

Talvez o leitor deste Blog tenha ficado entediado com essa menina que se traumatizou na chegada, só ficava de saco cheio, pedindo pra voltar... enquanto tantas pessoas estariam adorando ter tido a mesma oportunidade, e por aí vai. A tal leitor cabe apenas o meu pedido de compreensão, visto que as mesmas coisas podem ser vistas de maneira diferente por diferentes pessoas. Ficam as minhas desculpas pelos erros de português, provavelmente vindos da emoção de postar: sim, postar é um desabafo pra mim. O fato é que se a chegada na Alemanha sozinha numa cidade estranha foi difícil, a saída foi mais ainda. O trabalho acabou ficando pronto somente na última sexta-feira de fevereiro, sendo que eu viajaria na segunda-feira à noite para Düsseldorf pegar o avião. A correria para entregar o Diplomarbeit era tão grande, que eu não tinha tido tempo para arrumar as minhas coisas e planejar a mudança. Na verdade eu contava com a possibilidade de deixar toda a mobília que os meus amigos não quisessem na frente do prédio limpar o apartamento e pronto. Porém, na quarta-feira a secretária do dono do apartamento conversou comigo e disse que o carro que recolhe esses lixos de mudança da prefeitura só passavam uma vez a cada duas semanas, e que era proibido descer com a mobília desse jeito, a não ser 1 dia antes desse tal carro passar. Pra isso a pessoa tem que marcar um dia com a prefeitura e pagar uma certa taxa. Ela ainda frisou, que se eu fizesse isso, eu receberia um bilhete da polícia (ou seja, ela se encarregaria de me denunciar para a polícia). Os leitores desse blog devem se lembrar que na minha rua era frenqüente encontrar tais lixos de mudança, e por dias a fio.
Na sexta, sábado e domingo foi realmente complicado deixar o apartamento vazio, graças aos meus amigos, que transportaram boa parte das coisas para a casa deles, deu para deixar tudo vazio. A limpeza acabou demorando mais do que o esperado, pois a mesma secretária pediu que eu passasse uma máquina no carpete, pois antes de eu entrar no apartamento o rapaz havia passado essa máquina, cujo aluguel custaria uns 30 euros. No fim das contas tive que limpar com a escova o carpete mesmo, pois valia mais a pena que pagar a máquina, os produtos para usar, e o táxi para buscar tal máquina, que é bem pesada.
Segunda-feira ao 12.00 depois da maratona chega a secretária para conferir o apartamento, e confirmar que o meu caução seria parte devolvido somente após um mês e que a outra metade somente em fevereiro de 2008... O pior é que eu lí sobre direito de aluguel, e realmente ela podia fazer isso. Ich liebe das!
Eu sei que eu fiquei tão esgotada no final de tudo, que eu não via a hora de chegar em terra brasilis. Não sei se era impressão minha, mas parece que até que o pessoal no vôo era mais animado, conheci algumas pessoas, e vc só via brasileiro conversando entre si, entre desconhecidos. É nessas horas que vc pára e pensa: Nossa, como o nosso povo é legal, a gente não tem medo de conversar com estranhos, de conhecer gente...
Hoje eu paro e fico pensando, "se eu não tivesse ido sozinha, se eu não tivesse ido tão cedo (com 20 anos), se eu não tivesse ficado tão pouco tempo, se eu tivesse voltado nesse meio tempo pro Brasil, se eu não tivesse pego um desafio tão grande (O tal do Diplomarbeit, que dura 6 meses e vale uma tese de mestrado), se eu tivesse trabalhado, ganhado mais dinheiro, passeado mais...".
Mas quando isso acontece eu me dou conta de que o que está feito está feito, e agora eu posso dar valor às coisas que realmente importam na vida: a família e os amigos. E convencida de que vai ser difícil alguém me tirar o patriotismo de anos e anos de colégio militar. Eu acredito que eu ainda vou ser muito feliz no Brasil, hoje eu olho a minha faculdade, que é uma beleza, pra onde eu vou todo dia com muito prazer, pois lá eu sei que vou encontrar pessoas que eu sei que me querem bem, é você passar 10 min andando entre um prédio e outro da Poli e encontrar pelo menos 2 conhecidos e conversar com eles, e ainda tirar 2 horas de almoço e ter tempo para tocar violão no centro acadêmico... Eu não quero queimar mais etapas na vida, e que venham os anos, se Deus quiser.